quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

 

Quem foi Adão na Bíblia? Conheça a História de Adão, o Primeiro Homem

Você conhece quem foi Adão na Bíblia?

 Você sabia que existem evidências arqueológicas sobre a criação de Adão, o primeiro homem?

 Sabia que existem tabletes cuneiformes que relatam uma história semelhante à de Adão e Eva?

 Você sabe qual o significado do nome Adão?

Conheça várias curiosidades sobre o primeiro homem nesse artigo selecionado para seu conhecimento.

QUEM FOI ADÃO? SIGNIFICADO E ORIGEM DO NOME ADÃO

Adão foi o primeiro Homem, o homem criado por Deus à sua imagem e semelhança. E a ele foi atribuído autoridade para governar sobre todas as demais criações.

Mas, o que significa o nome Adão?

O nome Adão tem origem no termo Hebraico “Adamah”  e significa “Homem“.

No Antigo Testamento, este termo hebraico “Adamah aparece 560 vezes para se referir a Homem ou Humanidade. Contudo, nos primeiros capítulos de Gênesis, ele se apresenta como nome próprio e faz referência ao primeiro homem, Adão.

CURIOSIDADE SOBRE A HISTÓRIA DE ADÃO

Vamos analisar a história deAdão:

E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas.
foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu.”
Gênesis 5:3-5

Com base nisso, é possível concluir que, quando Adão se tornou pai de Sete, ele já tinha 130 anos e, depois disto, viveu mais 800 anos. Neste período, nasceram-lhe outros filhos e filhas.

A maioria das pessoas têm em mente que Adão teve apenas três filhos (Abel, Caim e Sete), porém, de acordo com a bíblia, Adão teve outros filhos que não tiveram seus nomes mencionados nas Escrituras Sagradas.

De acordo com a tradição judaica, Adão teve 60 filhos no total, sendo eles 33 filhos e 27 filhas.
Ainda com base no texto bíblico citado acima, é possível concluir que Adão morreu aos 930 anos.

O NOME EVA

Analise o versículo a seguir:

E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.
Gênesis 3:20

Note que quem deu o nome de Eva à primeira mulher foi Adão. Este nome foi dado somente após a queda, e estava relacionado ao fato de Eva ser a genitora de todos os seres viventes, ela seria a mãe de toda humanidade.

Curioso é que, antes deste episódio, Eva era chamada de mulher, semelhante a Adão, que significava homem. Este primeiro nome foi dado por Adão quando Deus lhe apresentou sua mulher, como é possível verificar no versículo abaixo:

E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Gênesis 2:23

EVIDÊNCIA ARQUEOLÓGICA DO PRIMEIRO HOMEM

Milhares de tabletes com escritos cuneiformes foram escavados na Mesopotâmia. Foram encontrados recibos, cartas, leis, documentos de propriedade e etc. Alguns tinham informações sobre os primórdios da humanidade. Muitos destes documentos descreviam informações sobre o primeiro homem e o início da humanidade.

SEMELHANÇA LÉXICA DO NOME ADÃO

Por incrível que pareça, vários tabletes apresentavam o nome do primeiro homem com grafias semelhantes à de Adão, ou ‘Adamah‘ como é tratado em hebraico, sendo elas: Adamu, Adime, Adapa, Alulim, Alorus, Atûm, Adumuzi, entre outras. É possível concluir que todos estes termos são variações do nome Adão.

Um exemplo de variações comum que temos hoje, são para os nomes mais tradicionais como por exemplo João. Podemos encontrar este nome sob outras formas a depender do idioma, ou dialeto, como por exemplo: John (inglês), Juan (espanhol), Jean (francês), Iohanan (hebraico), etc… Note que a raiz do nome se mantém, mesmo com as diferenças de idioma. O mesmo aconteceu para o nome Adão, nos tabletes encontrados na Mesopotâmia.

SEMELHANÇA HISTÓRICA DE ADÃO

Estes achados comprovam a mesma história que encontramos na Bíblia com algumas variações linguísticas. O mais interessante é que as histórias registradas nestes tabletes mesopotâmicos também se assemelham em muito à história de Adão e Eva, à queda e à expulsão do jardim.

Tudo isso, fortalece ainda mais os fundamentos bíblicos, pois em lugares distintos e antigos foi encontrada a mesma narrativa sobre a criação do primeiro homem e sua história. Estes achados se tornam, portanto, evidências arqueológicas sobre a criação do homem.

CRIAÇÃO DO HOMEM |

MAIS SOBRE QUEM FOI ADÃO NA BÍBLIA

“FAÇAMOS O HOMEM À NOSSA IMAGEM,…”

Quando Deus criou o homem, Ele dedicou uma atenção especial para realizar este processo de criação. Para as demais coisas, Deus utilizava sua voz e ordenava: “Haja Luz”, “Haja Expansão”,… Porém, para criação do primeiro ser humano, Deus se propôs a fazê-lo de forma tão especial que o criou à Sua imagem e semelhança.

E disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.”
Gênesis 1:26

DOMÍNIO DE ADÃO SOBRE A TERRA

É importante destacar que, além de Deus ter feito o homem à Sua imagem e semelhança, o Senhor conferiu-lhe poder sobre todas as outras coisas já criadas, conforme citado no versículo acima.

Observe que ao homem foi dado o domínio e autoridade para governar sobre toda a criação, este governo não se limitou somente à Adão, mas se estende para todos os seres humanos, inclusive a nós.

Note que, na maioria das vezes, o ser humano não fez bom uso desta autoridade sobre a natureza, e dia após dia tem à destruído sob as mais diversas formas. Infelizmente, ao agir erroneamente sobre toda a criação que Deus nos permitiu governar, recebemos coisas ruins de volta como catástrofes ambientais, e etc.

Portanto, faça bom uso da sua autoridade, não é necessário ser um grande ambientalista, mas é fundamental que você passe a se importar mais com aquilo que o Criador deixou em suas mãos para governar.

A QUEDA DO HOMEM

Infelizmente, mesmo com todo o domínio sobre a criação e também com a permissão para desfrutar de todas as maravilhas do paraíso, Adão e Eva cederam à tentação e se alimentaram do fruto proibido.

É neste cenário tão conhecido que o pecado entra no mundo. Ao fazerem um mau uso do livre arbítrio, Adão e Eva desobedecem ao Senhor. Então, percebem que estavam nus e se escondem do Criador.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

A desobediência e o pecado sempre trazem consequências negativas. Optar por estar no centro da vontade de Deus não é uma tarefa fácil, mas é sempre a melhor escolha.

Abaixo estão listadas as consequências do erro de Adão e Eva com base em Gênesis 3:

  • A serpente passa a andar sobre seu ventre e se torna a mais maldita dentre todos os animais do campo e feras (Gênesis 3.14);
  • À mulher foi multiplicada grandemente a dor do parto (Gênesis 3.16);
  • Ao homem foi incumbida a responsabilidade de lavrar a terra para obter alimentos, com dores comerás dela todos os dias, e, no suor do seu rosto, conquistar o alimento (Gênesis 3.17,19);
  • A terra passou a ser maldita, e produziu espinhos e cardos (Gênesis 3.17,18);
  • Adão e Eva são expulsos do Paraíso para lavrar a terra (Gênesis 3.23);
  • Querubins e uma espada inflamada foram postos no Oriente do Éden para guardar o caminho da árvore da vida (Gênesis 3.24).

A PRIMEIRA PROFECIA

Logo após a queda do homem, temos em Gênesis a primeira profecia dita pelo próprio Deus:

E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Gênesis 3:15

“E POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, E ENTRE A TUA SEMENTE E A SUA SEMENTE;…”

Esta é uma profecia messiânica, e, se refere à semente da mulher e à semente da serpente. Não vamos nos aprofundar neste estudo por ora, mas é importante observar que, sempre que há uma referência à semente, ela é vinculada ao homem, e nesta primeira profecia é diferente, Deus diz “a sua semente” fazendo referência à mulher. De acordo com alguns estudiosos, esta frase é assim utilizada na Bíblia, pois, de uma virgem, ou seja, da semente da mulher nasceria o Salvador.

Já a semente da serpente faz referência a Satanás, que, de forma alegórica, descende da serpente, “a mais astuta de todos os animais” (Gênesis 3.1).

“ESTA TE FERIRÁ A CABEÇA, E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR.”

Essa profecia faz referência à morte salvífica de Jesus, como sendo:

  • “Este (a semente da mulher) te ferirá a cabeça”: a salvação de Cristo, o seu domínio sobre a morte e o inferno, bem como sua ressurreição;
  • “E tu lhe ferirás o calcanhar”: O sofrimento de Cristo ao morrer na Cruz.

Aquele que em seu próprio corpo levou os nossos pecados sobre o madeiro, para que nós, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes curados.
1 Pedro 2:24

A SALVAÇÃO: PARALELO ENTRE ADÃO E JESUS

Para finalizar este estudo, fiquemos com o paralelo traçado pelo apóstolo Paulo entre Adão e Jesus:

Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
1 Coríntios 15:21,22

Da mesma forma que por um só homem entrou o pecado no mundo, por um só Homem fomos vivificados. Cristo se ofereceu como sacrifício para remissão pelos pecados de toda a humanidade.

No capítulo 5 de Romanos, Paulo detalha de forma mais aprofundada sobre este paralelo entre Adão e Cristo.

Observe os versículos abaixo:

Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos”. Romanos 5:15

Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos
”. Romanos 5:18,19

Recomendo fortemente a leitura de todo o capítulo 5 de Romanos, porém, observe que  da mesma forma que o pecado, desobediência, morte e condenação vieram ao mundo por um homem, todas estas coisas foram desconsideradas através da Graça de Deus ao enviar um único homem, seu Filho Jesus ao mundo, por meio de quem fomos vivificados, salvos e justificados!

      Bom dia, a paz do Senhor Jesus Cristo!


Fiquei um bom tempo afastado desse blog devido a trabalhos seculares. Porém é desejo do meu coração voltar ao projeto anterior de sempre está colocando estudos e me disponibilizar aqui para tirar qualquer dúvida e ainda ajudar naquilo que for possível.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

JEJUM


      JEJUM, UMA ARMA PODEROSA


I. O ENSINO BÍBLICO SOBRE O JEJUM

 1. Muitas das pessoas mencionadas na Bíblia jejuaram. Dentre essas, destacam-se Moisés (Êx 34.28), Ana (l Sm 1.7), Davi (2 Sm 1.12; 12.22), a nação de Israel (Lv 23.27), Jesus (Mt 4.2), os discípulos de João Batista (Mc 2.18; Lc 5.33), Paulo (At 9.9) e tantos outros.

2. Por toda a história da Igreja, grandes homens de Deus buscaram seu poder e bênção através do jejum. Dentre esses, destacam-se Lutero, Calvino, João Knox, João Wesley, João Nelson Hyde, João Bunyan, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Jonathan Edwards jejuou 24 horas antes de pregar o seu famoso sermão Pecadores nas mãos de um Deus irado, cuja influência é sentida ainda hoje.

3. Carlos Finney, famoso evangelista americano do começo do séc. XVIII, muitas vezes interrompia os cultos de avivamentos quando percebia que os seus ouvintes se mostravam indiferentes à sua pregação, e imediatamente proclamava um período de jejum e oração. Quando notava que Deus começava a despertar os corações, reiniciava as suas reuniões.

 II. TIPOS DE JEJUM BÍBLICO
De acordo com o estudo das Escrituras, existem pelo menos três tipos de jejum: o completo, o parcial, e o que vou chamar de propósito com jejum.

1. O jejum parcial.
Não implica em abstinência de líquidos, mas apenas de alimentos sólidos. Após o jejum de 40 dias e 40 noites no deserto, lemos que Jesus “teve fome” (Mt 4.2). Como seria fisicamente impossível uma pessoa normal jejuar por tanto tempo sem ingerir líquidos, grande número de estudiosos da Bíblia acredita que Jesus bebeu água; absteve-se apenas de alimento sólido.
2. O jejum completo.
Também chamado de jejum absoluto, consiste na abstinência de alimento sólido e líquido (At 9.9). Deve ser praticado cercado de cautela, e não pode ser muito prolongado, devido aos riscos para a saúde.
3. propósito.
 É caracterizado pelo que se come e pela frequência com que se ingere. Em primeiro lugar, o propósito significa abster-se de certos alimentos. Alguns estudiosos das Escrituras interpretam a atitude de Daniel de não comer do manjar do rei (Dn 1), como jejum. Em segundo lugar, implica em abster-se de certos alimentos durante um período de tempo.

III. A DURAÇÃO DO JEJUM
1. Na maioria das vezes, o jejum bíblico durava apenas um dia. Ia de um pôr-do-sol a outro. Isto é, a pessoa não comia algo desde o anoitecer até o fim da tarde do dia seguinte. Só então ela podia ingerir algum tipo de alimento (Jz 20.26; l Sm 14.24; 2 Sm 1.12; 3.35).
Apenas Moisés, Elias e o Senhor Jesus são indicados na Bíblia como os que jejuaram 40 dias seguidos.

2. Independentemente de qualquer determinação normativa quanto à duração do jejum, o interessante é que cada um busque a orientação divina neste sentido.

IV. OS PERIGOS DO JEJUM

Talvez lhe cause estranheza a afirmação de que existem alguns perigos na prática indiscriminada do jejum.
Talvez seja por isso que a Bíblia não tenha um mandamento explícito com respeito à melhor ocasião para o jejum e a duração dele. Dentre os principais perigos que cercam a sua prática, destacam-se os seguintes:

1. Perigos de natureza física, quando praticado abusivamente e sem orientação específica.

2. Jejum sem oração é mera privação de alimento, e não terá qualquer valor perante Deus.

 3. Um dos grandes perigos do jejum é o problema da hipocrisia que às vezes cerca essa questão (Mt 6.16; Lc 18.12).

4. O legalismo é outro grande perigo relacionado com o jejum.

• A credibilidade do jejum não está na abstinência pura e simples de alimentos, mas na sinceridade da pessoa que manifesta sua fé, ao privar-se de alimentos.
O fato de algumas pessoas o praticarem apenas por legalismo, não invalida o jejum. Quando alguém crê que Deus será louvado pela consagração de seu corpo pelo tempo passado em oração e pela abstinência de alimentos, seu jejum torna-se um ato de fé.


V. POR QUE JEJUAR?

O jejum distingue-se da greve de fome, cujo propósito é adquirir poder político ou atrair a atenção para uma boa causa.
Distingue-se também da dieta de saúde, que acentua a abstinência de alimento para propósitos físicos e não espirituais.

1. Devemos jejuar pela nossa nação.
É público e notório que a nossa pátria vive uma crise política, social e espiritual sem precedente.
 Os meios de comunicação de massa transformam os lares brasileiros em verdadeiras lixeiras, com suas programações recheadas pelo feiticismo, espiritismo e demais formas de ocultismo, que têm feito do Brasil um centro de ação das forças do Inferno. Urge, pois, jejuarmos e orarmos a Deus e pedir que Ele sare a nossa nação (2 Cr 7.14).

• Quando um número suficiente de pessoas entende corretamente do que se trata, as convocações nacionais à oração e jejum podem ter resultados benéficos. Em 1756 o rei da Inglaterra convocou um dia solene de oração e jejum por causa da ameaça de invasão por parte dos franceses. João Wesley registrou este fato em seu diário, no dia 6 de fevereiro: “O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres raramente tem visto desde a Restauração. Cada igreja na cidade estava mais do que lotada, e uma solene gravidade estampa-se em cada rosto. Certamente Deus ouve a oração, e haverá um alongamento da nossa tranquilidade”.

 • Em uma nota ao pé da página, Wesley escreveu: “A humildade transformou-se em regozijo nacional e a ameaça da invasão francesa foi impedida”.

 2. Devemos jejuar pelos nossos próprios problemas.
Certamente a Igreja no Brasil perdeu muito da força do seu testemunho. A sua presença hoje quase não é notada como uma influência positiva junto à comunidade da qual é parte.
É o sal que perde o seu sabor e é pisado pêlos homens (Mt 5.13).
Por que isso acontece?
Devido à ausência do poder espiritual na vida do cristão como indivíduo.

 • Deveríamos agir como Daniel que, quando se achava diante de obstáculos espirituais aparentemente intransponíveis, jejuava e orava (Dn 10.2,3).
 Por isso o Senhor atendia-lhe a petição (Dn 10.12).

• O jejum disciplina o corpo e torna-o um instrumento útil para Deus e seu serviço na Terra (l Co 9.27). Quando jejuamos, afirmamos que o estômago não é o nosso deus (Fp 3.19).

 3. Devemos jejuar em tempos de aflição.
 Israel fez isso muitas vezes.
Jejuou face a uma iminente guerra com os benjamitas (Jz 20.26), bem como antes duma terrível batalha contra os filisteus (l Sm 7.6). Na sua aflição, quando em busca de um filho, Ana “chorava e não comia” (l Sm 1.7).
Davi demonstrou a sua intensa dor face à trágica morte de Abner, pelo jejum (2 Sm 3.32-35).

 • Evitemos jejuar na aflição apenas como forma de dar atestado de compaixão por nós mesmos.
O mérito do jejum em período de grande aflição consiste em que ele fere de morte o ego, torna a nossa oração mais eficaz e aciona o livramento divino.

 4. Devemos jejuar antes de tomarmos grandes decisões.
Antes de começar o seu ministério público, Jesus jejuou 40 dias e 40 noites (Mt 4.2). O envio de Saulo e Barnabé como missionários da igreja em Antioquia, foi precedido dum período de jejum e oração (At 13.2).

 • Quando jejuamos antes de tomarmos grandes decisões, testificamos das nossas limitações pessoais, bem como demonstramos a nossa firme decisão de confiar nas possibilidades e promessas de Deus.
Esta é uma forma humilde e dependente de chamar o Senhor a intervir em nosso favor.

5. Devemos jejuar na esperança da vinda de Cristo.
Face à pergunta dos discípulos de João Batista: “Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?”, Jesus respondeu: “Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles?
Dias, porém, virão em que lhe será tirado o esposo e então jejuarão” (Mt 9.14,15). Noutras palavras: enquanto Jesus estivesse com os seus discípulos, era compreensível que
eles não jejuassem; porém, tão logo Ele (o esposo) voltasse ao Céu, os seus discípulos jejuariam.

• A mais natural interpretação dos dias em que os discípulos de Jesus jejuariam é a presente época da Igreja, especialmente à luz de sua intrincada conexão com a afirmativa de Cristo sobre os novos odres do Reino de Deus, que vem logo em seguida (Mt 9.16-18).
Arthur Willis argumenta que Cristo se refere ao momento presente da Igreja, e não apenas ao período de três dias antes de sua morte e ressurreição.
Ele conclui seu argumento com estas palavras: “Somos, portanto, compelidos a relacionar os dias de sua ausência com o período desta época, desde o tempo em que Ele ascendeu ao Pai até que volte do Céu. Foi assim, evidentemente, que os apóstolos entenderam suas palavras, pois somente após a sua ascensão ao Pai é que lemos que eles jejuaram (At 13.2,3).
Antes do Noivo deixar a Igreja, Ele prometeu que voltaria de novo para recebê-la.
Ela ainda aguarda o grito da meia-noite: ‘Eis o noivo! Saí ao seu encontro’ (Mt 25.6). Esta época da Igreja foi que nosso Mestre se referiu quando disse: ‘e nesses dias hão de jejuar’. O tempo é agora!”

 • Contemporâneos dessa ausência física temporária do Esposo, devemos jejuar na esperança e na expectativa de sua manifestação triunfal, orando ansiosamente: “Vem depressa, amado meu…” (Ct 8.14). “O Espírito e a esposa dizem: Vem…” (Ap 22.17).

 6. Devemos jejuar pelo fortalecimento espiritual.
Certa vez o Senhor Jesus chamou a atenção de seus discipulos, de que certas castas de demônios só sairiam com jejum e oração (Mt 17:14-21).
O jejum te faz ficar na dependência completa de Deus.


VI. COMO JEJUAR?

Já dissemos que jejuar é muito mais que abster-se de alimentos. O Antigo Testamento define-o como “afligir a alma” (Is 58.3).
Desse modo, para que o jejum tenha algum valor perante Deus, é necessário que tenha um objetivo espiritual específico.
Quanto à maneira correta de jejuar, atente para as seguintes recomendações práticas, algumas extraídas do ensino do próprio Senhor Jesus.

 1. Determine previamente o tempo de duração do jejum.
Não é bom iniciá-lo sem a decisão prévia quanto ao tempo de duração. Para o crente que não tem o costume de jejuar, o melhor é começá-lo em espaços menores, e aumentar o tempo de duração à medida que tenha experiência no jejum.

2. Comece abstendo-se de alimentos apenas sólidos.
Já mostramos o risco do corpo permanecer por muito tempo sem ingerir líquidos, principalmente nas primeiras experiências do jejum. Porém, à medida que você adquire o hábito de jejuar, deve abster-se de líquido também.

3. Planeje algum tempo de oração durante o jejum.
Como dificilmente podemos nos dar à meditação e à oração enquanto trabalhamos, seria pouco recomendável jejuar durante o exercício de nossas atividades diárias.
Jejum e oração estão interligados.

 4. Dê lugar ao arrependimento no seu coração.
 Em Davi temos o exemplo de um homem humilde diante de Deus.
Ele mesmo diz: “Chorei, em jejum está a minha alma, e isso se me tornou em afrontas” (SI 69.10).
O jejum que não torna o nosso coração manso e humilde, acessível ao arrependimento, tem menos valor que uma greve de fome.

 5. Escolha alguns versículos bíblicos para meditação.
Dentre outros, o jejum tem a propriedade de aprofundar a meditação. Portanto, nada melhor para meditar do que na Palavra de Deus. Devemos meditar nos versículos que se tornam ponto de apoio para nossas petições durante o jejum.

6. Jejue com um propósito específico.
Ester e as suas companheiras jejuaram para que os filhos de Israel fossem poupados da tirania de Hamã (Et 4.16,17).
Jesus jejuou 40 dias e 40 noites com o propósito de vencer o adversário e inaugurar o seu ministério terreno de forma triunfal (Lc 4.1-21).
 De igual modo nós devemos ter um propósito especificamente em mente ao tomarmos a decisão de jejuar.

7. Jejue com uma atitude de perdão.
Ira, amargura, ciúme, discórdia e medo – se estiverem dentro de nós, aflorarão durante o jejum.
A princípio racionalizaremos que a ira é devido à fome; depois descobriremos que estamos irados por causa do espírito de ira e a ausência duma atitude de perdão, que há dentro de nós.

8. Jejue, não como os hipócritas (Mt 6.16).
Como jejuam os hipócritas?
Nos dias de Jesus eles o praticavam contristados, com rostos desfigurados, como forma de dar a entender aos homens que jejuavam. Uma prática frequente dos fariseus era jejuar nas segundas e quintas-feiras, porque estes eram os dias de mercado e assim haveria maior audiência para ver e admirar a piedade deles.

9. Jejue divorciado da falsa piedade (Mt 6.17,18).
Ao contrário dos fariseus hipócritas que revestidos duma piedade superficial jejuavam para chamar a atenção dos homens, Jesus recomenda-nos:
“Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto. Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará” (Mt 6.17,18).

sábado, 12 de janeiro de 2019

A um passo da queda



                               A um passo da queda

Salmos 73:01-02

O Salmo 73 feito por Asafe, um ministro de adoração, fala que embora Asafe fosse um servo de Deus com maturidade, houve um período em que ele mesmo descreve que "quase seus pés se desviaram".
Eu gostaria de nesse estudo analisar esse salmo e tentarmos entender o que pode fazer um cristão tropeçar, e o que pode restaurar sua firmeza em Deus.

01) Vs 03 - A INVEJA E A COBIÇA PODEM ENFRAQUECER UM HOMEM DE DEUS

Asafe confessa que ele começou a olhar aquilo que o impio vinha conquistando, e isso lhe causou uma certa inveja.
Vemos aqui algo terrível para a vida de um cristão, pois pode leva-lo a viver uma vida amarga, e o que é pior, pode levá-lo a questionar a justiça de Deus.
E com isso deixarmos de priorizar aquilo que é mais importante para todos nós que nossa vida espiritual, achando assim que o que move nossa caminha é correr atrás de riquezas nesse mundo.

"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores."



2) Vs 04 e 09 - A VISÃO MATERIALISTA ABRE BRECHA PARA UM ESPÍRITO DE ENGANO

Ao deixar seu coração olhar apenas para o exterior de uma vida sem Deus, Asafe passou a enxergar errôneamente.
Passou a ter uma visão errada de que o dinheiro fosse o suficiente para trazer paz, prosperidade ou felicidade.
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores."
I tm 06:10
E só depois de algum tempo ele caiu em si e se deu conta de que na verdade, as riquezas sem Deus são um laço que prende as pessoas e as levam para o inferno.
Vejam nos vs 18-20.


3) Vs 13-14 – O IMEDIATISMO PODE NOS LEVARA ABRIR MÃO DE UMA VIDA DE SANTIDADE

Mergulhado em sua crise, Asafe chegou a conclusão que não valia a pena ser um homem santo e honesto.
Infelizmente isso acontece com muitos cristãos nos dias atuais.
Ao retirarmos nossos olhos D’Aquele que é Santo e olharmos para pessoas que ganham dinheiro, que prosperam no que fazem, mentindo, roubando não somente aos homens mas também negligenciando seus dízimos, e sonegando impostos abrimos mão da fidelidade a Deus e passamos a agir como os ímpios.


4) Vs 16 - SER QUESTIONADOR E QUERER ENTENDER TUDO SÓ TRARÁ CONFUSÃO A NOSSA ALMA

Asafe ficou perturbado porque ele queria um explicação para tudo que acontecia ao seu redor.
Essa é na verdade uma atitude arrogância para com Deus, quando achamos que Ele tem que nos dar satisfação de tudo o que o faz, enos esquecemos de Deus é Soberano.

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.

Deuteronômio 29:29



5) Vs 17,18 e 28 – SÓ SOMOS LIVRES DESSE TIPO DE CRISE, QUANDO ENTRAMOS NA PRESENÇA DO SENHOR, E VOLTAMOS A CONFIAR N’ELE

Asafe só voltou a enxergar as coisas de maneira correta, quando entrou no Santuário de Deus, ou seja, quando buscou a face do Senhor.
Só aí, ele viu que o aparente sucesso dos que não servem a Deus, é temporário e enganador.



CONCLUSÃO:

A conclusão final de Asafe, foi que o sucesso sem uma vida com Deus, é uma ilusão, não traz felicidades e o pior, seu fim é desastroso.
Ninguém é realmente feliz sem ter Jesus Cristo em sua vida.
E para isso precisamos invoca-lo, convidá-lo, para fazer parte de nossa história e podermos estar debaixo da aliança que Deus nos deixou.
Que é graça, manifesta através do Seu filho Jesus.
E